4 de janeiro de 2016

The Moon That Embraces The Sun



E então já é a segunda vez que assisto The Moon That Embraces The Sun, com certeza com uma visão mais sóbria e de boas com o sofrimento todo durante o dorama. Da primeira quase morri desidratada, mas vamos lá... 

A história se passa durante a era Joseon, começando com o príncipe herdeiro, Lee Hwon, tentando fugir para reencontrar o irmão e dando de cara completamente por acaso com uma jovem menina, Yoon Woo, passeando dentro do palácio. Esta confunde-o com ladrão, por estar pulando o muro, e o príncipe para não ser entregue aos guardas tenta convencê-la que não é, e mente dizendo que é eunuco. Mais tarde, através de uma carta, manda uma charada para a menina, testando a sua inteligência, sobre quem ele realmente é. E ela desvenda... que menina genial!
À distância, os dois acabam se apaixonando, e quando há a seleção de próxima princesa, ela põe seu nome na lista mesmo sabendo que já tem uma princesa pré-escolhida, pelos céus, ou melhor: pela rainha-viúva (a senhorinha mãe do rei que tem mais poder que o próprio rei, oh gosh). E mesmo com a seleção já definida, Yoon Woo consegue passar afrente com sua inteligência incomparável e ser aceita pelo rei como princesa.
Contudo, eis que entra (ou continua a interferir) a política para quebrar as pernas da história linda de amor. A rainha, com medo de seu clã perder forças na influência sobre o rei e suas decisões, manda a xamã-chefe matar a menina, usando magia negra. Esta ordem coloca a xamã Jang na posição mais complicada que alguém pode ter, pois de um lado  há a sua melhor amiga falecida, que implorou à beira da morte que Jang protegesse Yoon Woo a todo custo e do outro há a rainha, que manda-lhe acabar com a vida da criança.
Mesmo com a contradição, a xamã realiza o desejo da rainha, em proteção de seu posto e da vida de Yoon Woo, colocando uma maldição na menina e causando a morte encenada para toda a família, estado etc. E em seguida retira-se de seu posto, afirmando ter perdido forças durante o ritual, e leva a menina escondida (depois de ter desenterrado-a) para as montanhas consigo. Yoon Woo perde totalmente a memória e sua identidade durante o trauma e continua sua vida como a filha espiritual da xamã Jang sem um nome definido.

Do outro lado, o príncipe é obrigado a casar-se com Bo-Kyung, a filha do ministro e a então pré-escolhida princesa, mas que mesmo com o passar dos anos não consegue esquecer Yoon Woo e se entregar à esposa. Foge da primeira noite de casados como o diabo foge da cruz, adoecendo sempre que é para visitar os aposentos da esposa (este é macho forte, porque aguentar os hormônios sabendo que a pessoa que ama está morta parece impossível).

Passam-se oito anos e por coincidência do destino, ou não tanta coincidência, Lee Hwon e a já não mais Yoon Woo, encontram-se nas montanhas e ela oferece abrigo para o (atual) rei. Ele não a reconhece, mas aceita a bebida quente e por agradecimento lhe dá um nome: Wol, que significa lua.
Após tantos anos fora, a rainha-viúva já não aceita mais esperar e obriga a volta da xamã Jang. E por consequência da resistência da xamã de voltar pro palácio, sequestram Wol, com a certeza de que Jang virá atrás da filha espiritual. E a sacrificam (calma, não matam) como talismã que absorve más energias do rei, para ver se o bendito finalmente fica bem pra primeira noite com a esposa. 
Seu dever é entrar calada no quarto com o rei dormindo e com sua presença retirar qualquer energia ruim que cerca a mente e o corpo de Lee Hwon. Por duas noites ela não é descoberta, e por incrível que pareça o rei pára de ter pesadelos, se sente mais leve e gentil. Até elogia a sopa do dia seguinte para as cozinheiras. 



Mas a felicidade não dura muito e logo ela é descoberta quando o rei se recusa a tomar seu remedinho de dormir. E quando a descobre, nossa, que confusão mental, ela parece muito a amada e falecida Yoon Woo. A cabeça do rei entra em colapso... Mas, ela é ou não é Yoon Woo?





Isto é somente uma parte da sinopse sem entrar em detalhes. Ainda em paralelo caminham outros fatos que influenciam bastante neste amor, que primeiro é a irmã de Lee Hwon, Minhwa, que é apaixonadíssima pelo irmão de Yoon Woo, Heo Yeom, e apaixonadíssima é pouco para descrevê-la! É o tipo de pessoa capaz de matar, de sacrificar alguém para ter o que quer. Mocinha mimada, o que podemos dizer? E ainda temos o príncipe Yang Myung, filho da concubina do rei, irmão de Lee Hwon, que já era apaixonado pela Yoon Woo bem antes do irmão conhecê-la, e que culpa o príncipe herdeiro por não ter conseguido defender a amada. E por ironia do destino, Yang Myung conhece Wol também, e a princípio acha-a parecida com Yoon Woo e apaixona-se novamente, mas insiste para sua mente que não são a mesma pessoa. Afinal, ele poderia ter Wol somente para ele... diferente da falecida princesa.

Agora fugindo da sinopse... eu morro de amores pelos cenários coreanos de época, pelas roupas, pela língua totalmente formal que usam. E meu amor pelos atores escolhidos para este dorama foi tão grande quanto. Guardando os votos de melhores atores para: 

  • Kim You-Jung (Yoon Woo, 13 anos): tão jovem, mas tão talentosa. Foi totalmente convincente pra mim em todos os momentos! Quando vinha com suas respostas inteligentes parava tudo.

  • Yeo Jin-Goo (Lee Hwon, 15 anos): atuação intensa. Quando ele chora pela Yoon Woo saíndo do palácio quebra totalmente o nosso coração e é impossível não chorar vendo aquele sofrimento todo.

  • Jung Eun-Pyo (Eunuco Hyung-Sun): não me aguentava com as expressões dele. Que ator, que personagem! Me doía a barriga quando o príncipe falava "vira pra parede", aquele biquinho tira um sorriso de qualquer um.

  • Kim Soo-Hyun (rei Lee Hwon): aquele tipo de ator que se ele ri - você ri, se ele chora - você chora. É bizarro, porque ele passa totalmente as emoções para quem está assistindo. E mesmo vendo o making-of o ator parece que realmente está sofrendo enquanto está filmando. Envolvente ao extremo!

  • Kim Young-Ae (rainha viúva): intensa. De trás de uma mesa ela te tira a paz com suas expressões malucas. Depois de Hwang Jin-Yi, vi que atriz genial ela é. Todo o ódio nas expressões quando fala com raiva e toda a inocência quando acredita no que os outros falam, fazem o personagem perfeito.


  • Nam Bo-Ra (princesa Minhwa, adulta): se envolveu com a personagem intensamente. Todo aquele amor da personagem cresce dentro da gente junto. Toda aquela dedicação e dor por ter feito besteira... passa do dorama pra nós. Eu senti muita pena da personagem, pois apesar de ela a princípio não saber o que estava fazendo, mesmo assim diz não se arrepender de tê-lo feito. Há corajosos que sacrificam a felicidade dos outros em prol da própria. Ela teve o que quis no fim das contas, mas pagou a conta.




Quanto aos outros atores não me prendi tanto assim, então prefiro não entrar em detalhes.
Minha opinião quanto ao dorama em si: a história é sofrida, prepare-se para chorar. Mas a melhor parte é que toda a dedicação que os protagonistas têm para que aquele amor dê certo, para que as dificuldades, e acontecimentos externos não influenciem em nada... é incrível. Apesar de tudo, nos faz acreditar no amor e na sua força. Sem falar em como a gente faz besteira pensando que o nosso amor é mais importante que o das outras pessoas. Quanto à política não sei nem se vale a pena entrar no assunto, é sangue inocente derramado para todo lado. E não estou falando só do dorama!
E pra mim a melhor cena de todas (lembrem-se quando assistirem), porque não me aguentei de rir foi essa:

- Estava só me exercitando aqui, de boas, vovis linda! :)

E eu acho que é isso. Poderia falar por horas sobre a "Lua que abraça o Sol", mas acredito que a essência está nesses detalhes e falar mais seria dar muito spoiler! Então, se não assistiu, assista... vai entrar pros seus favoritos, de certeza! 


"Traidores frequentemente são aqueles que estão mais próximos de você,
Uma pequena rachadura eventualmente pode destruir uma represa,
e um mal-entendido insignificante levar à tragédia" - Yoon Dae-Hyung.

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