6 de março de 2010

Koizora 恋空




Koizora, em japonês, Céu do amor. Um doramá. Quando comecei a assistir pensei "só um sonífero pra dormir mais rápido" e me apaixonei. A história nos envolve de tal maneira que rimos de bobeiras e pensamos "será que pareço tão ridícula fazendo o mesmo?" ou "como isso me lembra uma pessoa", nos empolgamos com as borboletas no estômago da personagem, nos envolvemos nas cenas trágicas e choramos, e como choramos. A história começa com Mika, uma garota que finalmente chega em seu segundo grau, apaixonada pela imagem do céu e o que ele representa. É ingênua e idealista. Acredita que o primeiro namorado é aquele que andará com ela no mesmo passo, que olhará para as mesmas coisas, que lhe dirá do que gosta, e beijo?! Somente depois, depois de muito tempo. Em ajuda à amiga ela escreve um bilhete a um garoto de outra turma, pedindo que este lhe mande um e-mail, como eles chamam os nossos famosos SMS's. Mas quando entra na sala deste, Hiro, o melhor amigo do garoto é o único presente ali. Debocha quando vê que Mika escreveu um bilhete "romântico" para o amigo (ciúmes, nem um pouco) e inesperadamente a beija. Para uma menina completamente idealista, o que é um beijo espontâneo e sem nenhum compromisso? Hiroki Sakurai, este era seu nome. Espontâneo, rápido e forte como o rio (como ele mesmo se compara depois). Em seguida estraga o aniversário da menina por decepcioná-la arrancando uma plantinha (mosquitinhos, flores brancas pequenas) do chão, desejando por presenteá-la. Ao ver lágrimas nos olhos dela, ele devolve a planta à terra e passa a cuidar desta. E mostra que consegue seguir no mesmo passo que ela, andar de mãos dadas, e não se beijar. Mas o tempo lhes é injusto. Intrigas e mais intrigas. Gravidez, perdão dos pais, aborto natural, sofrimento, tumor, câncer. Ele a evita e depois de muito e muito tempo ela descobre o que aconteceu. Ela já tinha um outro alguém, já estava noiva e feliz. Então por que ainda queria vê-lo?! Mais intriga, desmancho do noivado, lágrimas. Ela finalmente o vê mais uma vez. Ela o amava, todo esse tempo ela o amava. Como podia negar isso a si mesma tentando esquecê-lo? E jamais negaria a ele ao vê-lo. Ela o amava. Passam os últimos dias juntos, acreditando em um milagre. Mas a doença é mais forte que ele. O último toque, a última olhada. "Naquela época, eu vivia em um mundo muito pequeno, Eu não percebia que era um mundo pequeno. Eu sentia como se tivesse que viver com toda a minha força. 'Isto sou eu' eu pensava. Não vou mudar. Eu realmente achava isso. Que eu mudaria ao me apaixonar era algo que eu não podia nem imaginar. Só por se apaixonar, as cores do cenário mudam... E você consegue ouvir o vento soprando gentilmente. Eu não sabia que tudo neste mundo mudaria. Aquele que me ensinou isso foi o Hiro. Mas... o Hiro que me ensinou tudo isso... não está... mais aqui." diz ela (no começo do doramá). Se fosse para descrever em uma palavra seria lágrimas. Você não consegue realmente se segurar ao assistir pela primeira vez e sem saber o que acontecerá. Os atores são verdadeiros. Você acredita no que vê. O elenco traz Koji Seto, como Hiro, um jovem ator de 21 anos, que nos apresenta um garoto de presença intensa e sorriso inacreditável. E Mizusawa Elena, como Mika, atriz quase recém descoberta de 17 anos. Por mais dramáticas ou sofredoras que forem as cenas, ela se deu muito bem. O que acontece afinal com a mente depois de assistir algo de tal caráter?! Sua mente se confunde. O que eu faria no lugar dela? Você se pergunta. E sinceramente, quando ela queria se suicidar por ter perdido duas pessoas que ela tanto amava (seu bebê e seu amor), eu a entendi. Mas por sorte depois as palavras que ele deixou para ela em uma carta levanta a cabeça de qualquer um. Somos fortes, do que precisamos mais a não ser de um verdadeiro amor (mesmo que este já tenha passado) e do nosso queixo erguido para encarar cada experiência dessa vida? Precisamos sorrir, sorrir e sorrir. A vida nos foi dada para vivermos, independente de nada.