7 de setembro de 2010

Fronteiras: escolhas



                Quando pensamos na palavra fronteira, a primeira coisa que nos vem em mente é a separação de países, estados, cidades. Se procurarmos olhar além do citado, a palavra fronteira se estende muito além disso para dentro de nossas vidas. Fronteira significa separação, limite, o extremo de algo.
                Desde que nascemos, nos são impostos limites. Quando crianças nossos pais nos ensinam: não desrespeite os mais velhos, não risque as paredes, não fique muito perto da televisão, senão estraga a vista. Pequenas lições que já impõem a fronteira entre o certo e o errado que nos ajudarão no caminho da vida. Ao nos tornarmos adolescentes nossos gostos se diferenciam, estilos se estabelecem. Algumas pessoas optam por um estilo mais estudioso, passam horas lendo, estudando. Outras pessoas, em oposição, optam por festas, pouca leitura, bebida. Uns são logo chamados de “nerds”, outros de “rebeldes”. São dois grupos, estilos que raramente se misturam e estabelecem entre si uma linha de separação, onde um grupo se superioriza diante do outro.
                Neste mesmo contexto se encaixa perfeitamente a divisão racista que ainda existe no nosso dia-a-dia. O preconceito entre povos, ocidentais e africanos, ocidentais e orientais, estes com os americanos, etc. Esse exemplo é explícito no estado de São Paulo, onde há bairros japoneses, bairros brasileiros, bairros italianos. É uma verdadeira mistura de culturas, porém a diferença é que não há mistura alguma.
                Assim como na nossa vida cotidiana as fronteiras existem, na história são exemplos de fronteiras sociais: a Guerra Fria, entre dois blocos, um socialista (URSS) e o outro capitalista (EUA), e o antigo feudalismo, onde a elite mantinha distância da burguesia. Outro exemplo que poderíamos citar é a separação das crenças religiosas e crenças científicas à respeito da origem da vida e da evolução.
                A verdade é que nossa vida é cheia de fronteiras que deixam à nossa escolha ultrapassá-las ou não. Fica a critério de cada um escolher: o bem ou o mau; o preconceito ou a humildade; o conhecimento ou a ignorância. No final das contas fronteira é um meio de sobrevivência.

Um comentário:

  1. a nossa maior fronteira é: não estamos dormindo com nossos pés fedidos :(

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